Moletom, Julio Azevedo
Acho que todo mundo que já conversou um pouquinho comigo sabe o quanto eu amo livros com a temática lgbt e o quanto eu gosto de clichês, certo? Então, esse é mais um dos meus queridinhos.
O livro começa com Pedro se saindo de casa e indo morar com sua tia, em um lugar onde ele poderia recomeçar sua vida depois de brigar com os pais. Quando ele está na rua e começa uma chuva do nada, resolve se abrigar em uma cafeteria. Cafeteria na qual ele conhece Lucas, o atendente que fica sem entender qual que é a do menino que não parava de pedir café um atrás do outro.
O meu amor por clichês foi muito bem representado com o clichêzão do boy da cafeteria, obrigada Julio por me presentear com essa lindeza de história.
Toda a diagramação do livro é linda, principalmente as ilustrações, as páginas em quadrinhos e os balõeszinhos de mensagem que contam partes da história, já que o Pedro é ilustrador.
“- Você já ouviu falar na palavra kaukokaipuu?
Confessei que mesmo trabalhando com palavras e sendo um velho amigo delas, nunca tinha ouvido essa antes. Voltando a olhar para o céu acima de nós, ele respondeu:
– Bem é um sentimento complexo. Na verdade, é uma palavra finlandesa que nem tem tradução para o português. É tipo quando você sente falta de um lugar que nunca visitou. Kaukokaipuu é tipo aquela sensação de ser um velho amigo de alguém que você acabou de conhecer. Pode parecer bizarro, mas é assim que eu me sinto em relação a você.”
“É como se fôssemos feitos de pequenos encaixes.E eu sempre sentia que estava faltando uma maldita peça.”
Eu preciso me fazer acreditar que agora estou bem.
Moletom / Texto e ilustração Julio Azevedo. 1. ed – São Paulo : GloboAlt, 2017.
Acho que nunca quis tanto viver dentro do mundo de Brilho eterno de uma mente sem lembranças.
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